O Rio Grande do Sul completa nesta semana seis meses das enchentes que afetaram mais de 96% dos municípios do estado, deixaram 183 mortos e impactaram, direta ou indiretamente, quase 2,4 milhões de pessoas. O temporal começou em 27 de abril, na Região dos Vales. A partir de então, as chuvas não deram trégua. Ao longo dos dias, sobrecarregaram os principais rios gaúchos. A água transbordou, rompeu barreiras, tomou as ruas e passou por cima de tudo: residências, comércios, veículos, gente. De rotinas, sonhos e vidas.
Logo no início da tragédia, o R7 embarcou para o estado e acompanhou o drama de famílias que perderam tudo. Ouviu relatos de quem teve uma vida inteira engolida em questão de horas. Obrigadas a morar com desconhecidos por meses, sem a chance de escolher o que comer, vestir ou fazer. Mesmo assim, agradecidas por estarem vivas. E exaustas, sem ter as rédeas do amanhã.
Em meio ao caos, a ajuda chegava dos quatro cantos do país. O voluntariado diante da maior tragédia climática brasileira dos últimos tempos emocionou. A população se uniu como nunca e ressignificou a palavra humanidade, cravada na bandeira gaúcha. Esforços governamentais também foram direcionados para o estado e continuam sendo necessários diante do desafio de reconstruir tanto.
O desafio persiste. Por isso, seis meses após as enchentes, o R7 lança a série "Querência", que carrega no título uma palavra comum usada pelos gaúchos, cujo significado é lar, no sentido mais afetivo da palavra. Partindo dessa conexão profunda com o local de moradia, a reportagem relembra, ao longo de quatro episódios, o início das chuvas, as consequências, todo o movimento assistencial e a busca pela normalidade.
O início
Neste primeiro episódio, a reportagem narra o início das enchentes. Vítimas relatam o desespero para sair de casa antes de ficarem presas debaixo d'água, enquanto socorristas contam os esforços para resgatar e prestar assistência aos desabrigados.
A ajuda
A importância do acolhimento e do trabalho voluntariado é o foco deste segundo episódio. A reportagem mostra a dinâmica dentro de abrigos, sob a perspectiva de quem mora e de quem trabalha nos locais. E também a chegada e a entrega de doações para a população.
O medo
Neste terceiro episódio, a reportagem mostra a rede de assistência humanitária criada para resgatar animais e atender quem decidiu permanecer nas residências, mesmo com as ruas tomadas por água. O medo de ter os pertences saqueados é um dos motivos que mantiveram moradores nas casas.
A retomada
Com a descida da água, a destruição se revela. No quarto episódio, a reportagem mostra as perdas e os desafios da reconstrução. Mesmo em meio às dificuldades, a força do povo gaúcho impulsiona o olhar para dias melhores e traz a esperança em meio ao caos.
Bruna Lima
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