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Do R7 Conteúdo e Marca

Chegar à adolescência no Brasil, especialmente quando se é uma pessoa negra, é desafiador. Relatórios anuais de segurança pública, dados educacionais e até análises de profissionais de saúde mental confirmam a dura realidade diária a qual adolescentes e jovens são submetidos no país. Ser adolescente ou jovem preto significa não só enfrentar riscos mais elevados de violência, mas também conviver com uma representatividade baixa, e ter sua capacidade intelectual questionada dentro da sociedade que vem, ao longo dos anos, reproduzindo preconceito, racismo e silenciamento de pessoas pretas.

Os índices recorrentes revelam que, na realidade, o problema começa já desde o ponto de partida. Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apesar da queda no número da mortalidade infantil na última década, os indicadores mostram situações bastante alarmantes quando se fala sobre a infância de pretos, pardos e indígenas. Sem políticas de proteção infantil consolidadas e amplamente divulgadas, as crianças, muitas vezes, são submetidas ao trabalho infantil e deixam de frequentar a escola. Com poucas ambições ou perspectivas e a falta de políticas públicas efetivas, muitas das crianças se envolvem no crime ou, quando jovens adultos, ficam em subempregos, muito aquém de suas reais capacidades.

Encontrar um emprego hoje, no Brasil, é mais difícil quando se é uma pessoa preta. Segundo dados de 2020 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de pessoas negras com idade entre 14 e 29 anos em busca de um emprego é quase o dobro de pessoas brancas: 4,36 milhões de jovens negros contra 2,32 milhões de brancos.  Entre os que não estudaram ou concluíram o ensino superior, 65% são negros. A disparidade da falta do ensino se reflete no mercado de trabalho, inclusive quando se fala sobre remuneração.

Fontes: Fórum de Segurança Pública, Unicef, Movimento Todos Pela Educação e Mapa do Trabalho Infantil, 2020 (Reprodução/Portal R7)

Fontes: Fórum de Segurança Pública, Unicef, Movimento Todos Pela Educação e Mapa do Trabalho Infantil, 2020

Reprodução/Portal R7

Mas se o cenário já é tão enraizado e determinante desde antes do começo, existe alguma forma de mudá-lo? Alguma atitude ou mudança de perspectiva que inclua pessoas pretas em todos os meios de convivência de forma digna? Existem histórias inspiradoras e, mais que isso, reais, de pessoas que romperam o ciclo e que seguem lutando para que seus casos não sejam únicos, mas tão comuns a ponto de vermos a expressividade de pessoas pretas como vemos com brancos? A resposta é sim.

O plano de uma menina para muitas meninas
“A Vanessa hoje é uma garota que se ama e que se aceita”; “A Giovana hoje é uma menina muito mais determinada”; “Antes do plano, eu, Maysa, era uma menina insegura. Depois, fiquei mais confiante”; “Eu, Marina, abri a minha mente, sinto-me muito mais motivada para ir atrás dos meus objetivos”. O que todos esses relatos inspiradores têm em comum? Essas garotas – e mais centenas de outras – receberam o apoio do Instituto Plano de Menina, criado pela jornalista e empreendedora Vivi Duarte para ajudar as meninas da periferia a realizarem seus sonhos.

Atualmente, o projeto atua em dez Estados, contribuindo para que as garotas das periferias sejam protagonistas de suas histórias por meio de informação e conexões com propósito. Por meio de mentorias de mulheres que tiveram êxito nas suas respectivas áreas e carreiras, o projeto busca tirar do papel os planos de milhares de garotas brasileiras. Já são mais de 2 milhões de meninas impactadas desde 2016, ano de criação do Instituto; são garotas mais seguras, determinadas e sonhadoras.

Vivi Duarte é a fundadora do Instituto Plano de Menina (Reprodução/Instagram)

Vivi Duarte é a fundadora do Instituto Plano de Menina

Reprodução/Instagram

Vivi Duarte tem 42 anos e cresceu em um cortiço na Freguesia do Ó, em São Paulo. Ela conta que desde pequena gostava de ler revistas com entrevistas de grandes executivas e que sonhava em ser uma delas, apesar de essa parecer ser uma realidade muito distante. “Decidi que eu ia me tornar a mulher que eu sonhava e, para isso, minha audácia, resiliência e persistência me ajudaram a ocupar espaços importantes”, lembra a fundadora do Instituto. “Minhas fortalezas me ajudaram a ‘hackear’ o sistema e me tornar a mulher que sempre sonhei em ser quando era menina”, pontua.

Criar o Instituto Plano de Menina e mantê-lo em pleno funcionamento é uma das grandes missões da vida de Vivi. Com o objetivo de ser a maior instituição nacional de impacto real na vida de meninas de áreas carentes, o Instituto capacita e as conecta ao mercado de trabalho, ensina sobre hard e soft skills e também as prepara para ocuparem seus espaços na sociedade. “As meninas de periferias deste país são potentes, criativas, engajadas e serão grandes líderes do futuro. Estamos trabalhando para isso. Se eu cheguei até aqui e hoje sou empresária, executiva de global para a América Latina e fundadora de um Instituto que só cresce, elas serão donas do mundo. Eu quero viver para ver tudo isso e o que já vejo é muito poderoso!”, comemora.

Mas os desafios não param. Apesar de ver grandes resultados de contratações de meninas negras mesmo durante a pandemia, Vivi tem a visão do todo e entende as urgências do agora na resolução dos problemas enfrentados diariamente por elas. Para a fundadora do Instituto, não dá tempo de esperar até que políticas públicas sejam aprovadas para que o trabalho em prol das jovens e adolescentes comece. “Advocacy é importante, mas arregaçar as mangas e buscar a transformação urgente na vida de nossas meninas é nossa missão”, explica.

“Advocacy é importante, mas arregaçar as mangas e buscar a transformação urgente na vida de nossas meninas é nossa missão”

Pela igualdade racial no mercado de trabalho

Luana Génot é fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR (Reprodução/Divulgação ID_BR)

Luana Génot é fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR

Reprodução/Divulgação ID_BR

Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR, Luana Génot decidiu que não iria esperar 150 anos para ver a igualdade racial acontecer no mercado de trabalho. Para acelerar esse processo, promove a campanha Sim à Igualdade Racial em diversas plataformas on e off line. Publicitária e mestra em Relações Étnico-Raciais, ela é autora dos livros “Sim à igualdade racial: raça e mercado de trabalho”, finalista no prêmio Jabuti 2020, e “Mais forte – entre lutas e conquistas”.

Responsável por dar suporte a boards executivos e times que buscam estruturar ou fortalecer ações antirracistas e inclusivas, ela encontra tempo para se dividir em uma jornada multitarefas. Na vida pessoal, é mãe da Alice e adora viajar; no âmbito profissional, também atua como curadora de convivência do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, é colunista de revistas e jornais e apresenta um programa na TV.

À frente do ID_BR, Luana abraça o propósito de implementar a igualdade racial em todos os segmentos do mercado de trabalho. É por meio da campanha Sim à Igualdade Racial que a instituição desenvolve ações em variados formatos, para conscientizar e engajar as múltiplas esferas da sociedade no tema antirracista. “Hoje, o ID_BR se estrutura em três pilares”, explica. “Educação, no qual desenvolvemos programas e projetos de formação e qualificação pessoal, profissional e de sensibilização da sociedade à pauta racial financiados por outras instituições; empregabilidade, com a jornada do Selo Sim à Igualdade Racial, em que trabalhamos com consultoria e treinamentos voltados para o reconhecimento de empresas engajadas, estimulando as boas práticas e apoiando no desenvolvimento de planos de ação antirracistas; e o pilar de engajamento, que inclui eventos presenciais e online, além de campanhas para conscientização e envolvimento da sociedade em favor da igualdade racial”.

“Acreditamos que todas as empresas fazem parte de um contexto do racismo estrutural e, por isso, podem ter um papel proativo no desenho de uma jornada de atividades antirracistas”

São muitos os desafios na jornada da implementação de ações rumo ao mercado da igualdade. As pessoas tendem a acreditar que o engajamento tem que ser autêntico, verdadeiro, legítimo e que isso se contrapõe a metas, prazos e investimentos necessários para fazer acontecer. De acordo com Luana, “muitas empresas acreditam que devem partir de um processo natural, orgânico e previamente estruturado”, que nunca acontece porque precisa de um plano de ação. “Acreditamos que todas as empresas fazem parte de um contexto do racismo estrutural e, por isso, podem ter um papel proativo no desenho de uma jornada de atividades antirracistas”.

Por isso, o ID_BR ajuda as empresas na estruturação de ações afirmativas antirracistas, isto é, ações intencionais voltadas para incluir mais profissionais negros e indígenas – especialmente em cargos de liderança. Um bom exemplo dessa atuação são os programas de trainees que vêm surgindo para candidatos negros ou fundos voltados para esta pauta nas empresas, campanhas de comunicação e cartilhas antirracistas que estabelecem comportamentos mais inclusivos entre os colaboradores. O ID_BR apoia essas e outras iniciativas, como o letramento racial e treinamento de lideranças nas tomadas de decisão envolvendo diferentes áreas das empresas. “Acreditamos que a pauta antirracista precisa de metas, prazos, investimento e engajamento de diversas áreas para além do RH”.

De mulheres para mulheres

Influenciadora ganhou prêmio iBest 2021 pelo trabalho em prol da diversidade e inclusão (Reprodução/Facebook)

Influenciadora ganhou prêmio iBest 2021 pelo trabalho em prol da diversidade e inclusão

Reprodução/Facebook

Olhar para algo e não se identificar completamente. Era assim que Gabi Oliveira se sentia quando via inúmeros blogs e canais no Youtube, além de perfis nas redes sociais, falando sobre questões relacionadas às mulheres, mas sem protagonistas negras. A urgência de ocupar espaços – empresariais, sociais, reais e até virtuais – se tornou uma missão de vida para ela também. Percebendo a falta de espelho na esfera virtual, Gabi criou um canal no YouTube sobre estilo de vida e questões raciais, o De Pretas (com mais de 661 mil inscritos até o fechamento deste texto), em que ela é a protagonista e inspira outras garotas como ela a se tornarem protagonistas também. “A gente tem muita coisa para falar, muita coisa para conversar, muita coisa para ser dita”, dizia a comunicadora e influencer há seis anos, quando publicou o primeiro vídeo.

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Reprodução/De Pretas

A proposta do canal, como ela mesma define, é que “você”, mulher negra, se sinta em casa. Defende com “unhas e dentes”, e com uma câmera e seu canal, claro, a ideia de que precisamos criar novas representações de pessoas negras, principalmente positivas. E isso é o que ela tem feito, compartilhando experiências com o cabelo, maquiagem e experiências de vida. Aumentando ao mesmo tempo a representatividade feminina, empoderando mulheres negras e mantendo em dia a autoestima delas.

Isso tudo para que garotas hoje não tenham que fazer o que ela fez algumas vezes quando era criança, escondida da mãe, como colocar um pregador no nariz durante algumas horas do dia para afiná-lo. “Já que naquela época eu entendia que nariz como o meu não era bonito, que uma estética como a minha não era bem-vista”.

Embaixadora da Seda, Gabi Oliveira nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro. “Cabelo ruim, cara de empregada, nega maluca, coisa de preto. Essas são algumas palavras e expressões diretamente ligadas às pessoas negras no Brasil. E a pergunta que motivou o início do meu trabalho foi: será que tem alguma forma da gente conseguir mudar isso?”, questionou a comunicadora em palestra. O trabalho da Gabi Oliveira é a prova de que algo pode ser mudado, criando novas narrativas e um novo olhar sobre as pessoas negras no Brasil.

Escola de Cabelos: transição capilar e profissional

Aulas ensinam a cortar e tratar dos cabelos cacheados e crespos (Reprodução/Seda)

Aulas ensinam a cortar e tratar dos cabelos cacheados e crespos

Reprodução/Seda

Para empreender ou ter o emprego dos sonhos, uma formação técnica é sempre bem-vinda. Quando se fala em oportunidades para meninas e mulheres pretas, a condição é passo fundamental rumo à independência financeira, autonomia e empoderamento. Essa foi a motivação para Letícia Chaves firmar parceria com Seda na criação da Escola de Cabelos. O objetivo, além de ensinar uma profissão, é oferecer a esse grupo ferramentas criativas para explorar sua criatividade e ampliar sua autoestima.

“Sou cabeleireira há 25 anos, professora e pesquisadora na área de estética, com ênfase capilar. Tenho um trabalho muito forte com a questão dos cabelos cacheados, encrespados e, principalmente, com a questão do orgulho das mulheres e meninas cacheadas e crespas por meio do uso de cabelos diversos”, conta. “Escola de Cabelos é um projeto do qual me orgulho muito porque tem a ver com a minha própria história. Sou negra, periférica (vim de Itaquera, zona leste de São Paulo), batalhei e me esforcei muito, desenvolvi o primeiro curso superior para cabeleireiros com a Universidade Cruzeiro do Sul. A Escola de Cabelos é uma oportunidade que tive de criar um programa exclusivo para formação dos profissionais com ênfase na diversidade estética nos cabelos cacheados e crespos”.

“Minha história tem muita semelhança com a das alunas com as quais tenho contato, das periferias e comunidades. Fui criada em conjunto habitacional na zona leste de São Paulo, sou a irmã mais velha de cinco filhos, minha mãe foi uma mãe solteira e batalhadora. Minha avó materna é descendente direta de escravos. Contra as adversidades, estudei Letras pois na época não tinha curso superior para a área de beleza, mas nunca desisti da área de beleza e formalização. Minha paixão é esse segmento, cabelo se transformou em algo imprescindível na minha vida. Escrevo, estudo e pesquiso sobre o tema e o impacto que o cabelo tem na autoestima das meninas e qual o sentido para essas mulheres negras e miscigenadas”.

Uma das maiores motivações para a criação do projeto nasceu a partir de um grande incômodo sobre os padrões de beleza enraizados na sociedade. “Aqui no Brasil, apesar de termos um público negro e miscigenado em sua grande maioria, a maior parte dos cabeleireiros e escolas profissionalizantes ensinam a lidar apenas com um tipo de cabelo, que é o cabelo liso, longo e loiro. Isso é um dado muito ruim, principalmente em se falando em Consciência Negra. Temos aqui um padrão ideal de beleza que é o branco europeu”, analisa.

O foco das aulas é o corte e tratamento de cabelos cacheados e crespos, com disseminação do conhecimento de técnicas, processos e ações desenvolvidas pelos melhores profissionais do segmento. Com professores altamente capacitados, o curso contempla módulos que ensinam visagismo, personalização de estilos e penteados, cuidados específicos para cada tipo de cabelo e dicas dos melhores profissionais do setor. Necessidades que Letícia enxergou enquanto trabalhava com Seda em uma parceria na comunidade de Heliópolis, em São Paulo.

“Visitando salões dentro da comunidade vi o quanto tínhamos uma demanda interna de meninas e mulheres que precisavam, gostavam e queriam ter seus cabelos crespos e cacheados naturais, reais e o quanto tinham dificuldade de ter profissionais cabeleireiros (disponíveis) para lidar com esses cabelos”, explica. “Daí, surgiu a ideia de criar uma plataforma totalmente gratuita para cabeleireiros, para formar com base no conceito de diversidade estética. Para que essas meninas cacheadas e crespas possam cada vez mais, encontrar profissionais que saibam trabalhar com o maior número de curvatura e tipos de cabelos”.

Aulas online, gratuitas e com certificado

O conhecimento técnico leva as meninas e mulheres do autocuidado à realização profissional  (Reprodução/Seda)

O conhecimento técnico leva as meninas e mulheres do autocuidado à realização profissional

Reprodução/Seda

Para acessar as aulas, que são 100% gratuitas, basta fazer um cadastro na plataforma Escola de Cabelos. Tornar o aprendizado acessível é a maneira que Letícia encontrou para ajudar a transformar sonhos em realidade gerando uma transformação social, econômica e educacional na vida das alunas. Os cursos oferecem certificado de conclusão ao final de cada módulo, uma maneira de fortalecer o currículo das participantes e ajudar no seu ingresso numa profissão de nível técnico ou até mesmo transição de carreira.

Sobre o protagonismo que meninas e mulheres devem assumir em suas próprias vidas, Letícia vê alguns desafios nessa trajetória. “Acho que a principal dificuldade é que o cabelo, hoje em dia, é o maior ícone identitário que essas mulheres e meninas têm quando o assunto é a estética. Ela é um dos pilares de empoderamento feminino e negro. Se o meu cabelo crespo e cacheado é o maior ícone identitário, quando eu me enxergo e me sinto bem, quando ele é reconhecido pela sociedade como algo feio, que não é aceito ou está atrelado a símbolos de inferioridade, isso é um grande problema. Precisamos cada vez mais criar a conscientização dentro dos salões com os profissionais. Ainda hoje, vejo profissionais de beleza que não refletem sobre isso e impõem padrões de beleza branco e europeu para meninas cacheadas e crespas, como se fosse obrigatório alisar e clarear os fios segundo o modelo branco”, completa.

Conheça o projeto Escola de Cabelos

Oportunidade para Todas

Com o objetivo de preparar novas “Vivis, Luanas e Gabis”, ainda mais empoderadas e com muitas oportunidades, Seda, marca líder de mercado no segmento de cuidados com os cabelos criou o movimento que, além de valorizar as curvaturas dos fios de cabelo de cada menina, acredita que elas devam explorar novas possibilidades para realizarem sonhos – dos menores aos mais ousados. Seja no mercado de trabalho ou na construção da identidade, as meninas têm oportunidades de explorar um novo universo com seus sonhos e com seus cabelos exatamente como eles são, contando com Seda, que tem uma linha completa de produtos para os mais diferentes tipos de cabelos, desde o superliso aos crespíssimos.

Com o mote “Sonhos incríveis demais para não serem realizados”, Seda retrata a história de Gabi Oliveira, já citada nesta matéria, e sua busca pela realização de sonhos, além da sua relação com seu cabelo e a transição capilar, e oferece oportunidades para meninas e mulheres negras e da periferia com o programa Planejando Meus Sonhos com Seda.

O programa de mentoria está disponível para novas inscrições!  (Reprodução/Seda)

O programa de mentoria está disponível para novas inscrições!

Reprodução/Seda

A iniciativa é uma cocriação do Instituto Plano de Menina, Seda e ID_BR, e tem o objetivo de ajudar meninas negras a tirarem seus sonhos do papel. O programa tem vagas limitadas e irá acompanhar mil meninas e mulheres, de 16 a 26 anos, no planejamento, desenvolvimento e implementação de qualquer atividade que possa transformar para melhor suas vidas hoje e no futuro próximo. Mais do que voz, é uma ação que vai dar espaço e empoderamento a esse grupo. “Defendo muito que todas nós, meninas e mulheres, já tem voz. O que precisamos é de espaço para amplificar, de oportunidade. Para que consigamos ter o poder da caneta de escrever as próprias histórias, é necessário que o Estado e as empresas nos deem também os papéis”, comenta Luana. “Obviamente, faz parte de um papel proativo que todas as pessoas lutem para que, cada vez mais, especialmente os maiores detentores de poder se sintam na obrigação de fazer seu papel e criar mais oportunidades para amplificar essas vozes”.

Ela destaca também o papel fundamental de cada uma como transformadora de suas realidades. “No âmbito mais individual, além de lutar pelas estruturas, é necessário que a gente vocalize nossas ideias. Eu diria que é preciso vocalizar mais as ideias, se unir mais em rede com outras meninas e mulheres que partilhem suas ideias. São formas de se autoconhecer e assumir protagonismo, não somente em suas histórias, mas nas de outras ao redor. Se conectar em rede nos faz perceber que não estamos sozinhos nessa jornada”, conclui.

Segundo Vivi, Seda é a primeira marca que apadrinhou o Instituto Plano de Menina há seis anos e contribui e acredita na iniciativa de transformar meninas periféricas em donas de seus próprios mundos. “Cocriamos a plataforma e ministramos cursos, mentorias, acolhimento e certificação para meninas. E vamos além em 2022! Com certeza ter uma marca como Seda com o propósito conectado ao nosso fez toda diferença em nossa trajetória até aqui”, pondera a fundadora do Instituto.

“E vamos além em 2022! Com certeza ter uma marca como Seda com o propósito conectado ao nosso fez toda diferença em nossa trajetória até aqui”

Hoje existem duas formas dessas meninas e mulheres passarem pela jornada de aprendizado: assistindo aos vídeos produzidos pela marca em parceria com o Plano de Menina com a ajuda de uma mentora virtual no Facebook Messenger; ou baixando todo o conteúdo da jornada em um e-book (um modelo pensado para meninas que têm planos de dados limitados no celular). Todos os conteúdos também estão disponíveis no site da marca.

Se você se inspirou nas histórias aqui contadas e quer começar a escrever a sua com muito mais capacitação e referências, com mais oportunidades e espaço para novos sonhos, inscreva-se no Programa de Mentoria Planejando Meus Sonhos

Uma iniciativa: Seda

Uma iniciativa: Seda
Com o mote “Sonhos incríveis demais pra não serem realizados”, Seda prevê apoiar meio milhão de meninas com uma jornada de aprendizado online. O objetivo é mostrar que existe um mundo de possibilidades quando falamos de sonhos, ajudando a torná-los realidade.

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Redatores: Bruna Vichi, Cleide Oliveira, Renato Fontes e Marcelo Galli
Gerente de Branded Content: Raphael Dutra
Arte: Bruna Gabriela da Cunha Santana