38 anos: a saga de um pai em busca de um filho

A cada hora, oito pessoas desaparecem no Brasil. São 203 por dia, 80 mil por ano. Esse é o dado mais recente fornecido pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de 2023. As famílias que precisaram reformular a própria vida em busca de um parente desaparecido sabem bem o valor dessa informação.

A história de Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon é mundialmente conhecida. O escoteiro, na época com 15 anos, que saiu para uma trilha em Piquete, interior de São Paulo, em junho de 1985, e nunca mais voltou, parece mais um caso de desaparecimento com pistas que surgiriam posteriormente. Mas, o que torna  indiscutivelmente ilógico, é o fato de o adolescente nunca ter sido encontrado. Mais do que isso, nenhuma pista, fio de cabelo, tecido, osso, objeto, ou qualquer resquício do garoto, jamais foi achado.

Estava perto do amanhecer, quando Marco Aurélio se apressava para encontrar os amigos, Ricardo Ferraz Salvioni, Osvaldo da Silva Lobeiro Machado e Ramatis Röhm, na estação Tatuapé do metrô de São Paulo (SP). Era uma manhã especial. Seria a primeira vez que o Grupo Escoteiro Olivetano alcançaria um feito histórico para a equipe: realizar o sonho de subir o desejado Pico dos Marins, montanha brasileira situada na serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo.

“O Marco Aurélio acordou logo cedo, todo ouriçado”, relembra Ivo Bosaja Simon, 85 anos, pai do garoto, que o acompanhou na aventura até o ponto de encontro estabelecido pelos meninos.

Como era muito amigo da família Simon, o chefe Juan Bernabeu Céspedes, de 36 anos na época, dormiu na casa de Ivo e Tereza Neuma Bezerra Simon para, no dia seguinte, dar início a jornada que seria inesquecível para a vida dos quatro adolescentes.

Para Marco Aurélio, essa experiência era ainda mais especial: a primeira vez que participaria de uma expedição longe de Marco Antônio, seu irmão gêmeo, e ocupando finalmente o posto de monitor patrulha.

Mochilas prontas, despedidas feitas e empolgação batendo forte para o desafio que se aproximava. Da estação de metrô, seguiram para a Rodoviária do Tietê, e de lá, pegaram um ônibus, às 7h da manhã, até a cidade de Piquete, localizada a aproximadamente 200 quilômetros do começo da trilha para os Marins.

Quando chegaram, armaram as barracas próximas à casa de Afonso Xavier, homem que morava na região e conhecido por muitos do movimento escotista, já que sua casa ficava no início da trilha e era usada como base do Pico. O grupo, então, se acomodou e começou a se preparar para realizar a expedição que aconteceria naquele final de semana.

No dia 7 de junho, os garotos se ocuparam dos preparativos, e como em qualquer outro acampamento escoteiro, a ansiedade para chegar o dia seguinte só aumentava. O protocolo para a subida envolvia um guia local, um mateiro (indivíduo com vivência nas matas) que conhecesse bem a região para orientar a expedição. Mas o chefe Juan decidiu subir o pico sem ajuda.

Afonso também havia se oferecido para fazer o trajeto, porém, quando chegou o momento, ele não acompanhou os rapazes. “O chefe Juan foi até a casa do Afonso e tinham acertado que subiriam juntos. Aí, o Juan falou que não tinha necessidade”, diz Osvaldo, sobre a decisão do grupo ir desacompanhado, mesmo sem nunca ter feito a trilha antes.

Angustiado, Ivo relembra o pedido que fez dias antes para Juan: “Não vá subir o Marins sem guia”. O pedido não surtiu efeito, e no dia seguinte, deram largada à subida ao morro. Nenhum deles imaginava que ela terminaria com a equipe incompleta.

O grupo havia começado o trajeto de quase três horas, mas ainda estava longe de chegar ao cume, quando Osvaldo machucou a perna na base do paredão rochoso onde começam os trechos de ‘escalaminhada’ (subida com inclinação acima dos 50º na qual, em vários trechos, as mãos são usadas para facilitar)
da trilha. Por volta das 14h30, do dia 8 de junho de 1985, eles tomaram uma decisão que mudaria para sempre o curso de suas vidas: separar o grupo.

“O Marco sugeriu descer na frente e o Juan concordou. Então, eu falei que não achava certo isso e o Juan respondeu: ‘quem tem que achar aqui sou eu, não é você’”, recorda Osvaldo sobre a decisão perigosa.

Por já ter mais experiências e ser escoteiro sênior, Marco Aurélio foi o escolhido por Juan para voltar à casa de Afonso e pedir ajuda, enquanto o restante do grupo desceria atrás, levando Osvaldo. Essa foi a última vez que Marco Aurélio foi visto.

Em um determinado momento, o grupo restante se perdeu. Eles haviam tomado a decisão de fazer um caminho diferente da subida, com o entendimento que depois as trilhas se encontrariam adiante, mas isso não aconteceu.

Foram mais de 12 horas de caminhada excruciante e às cegas — devido ao anoitecer — até chegarem, durante a madrugada, na Fazenda do Filinho, em Marmelópolis, Minas Gerais; de lá, conseguiram ajuda para seguirem para o sítio de Afonso. Na base, se depararam com o inesperado: Marco Aurélio não estava lá.

Mais tarde, a investigação revelou que, possivelmente, Marco Aurélio também tenha saído do caminho inicial da trilha, por isso, pode não ter encontrado outros grupos de escoteiros que realizavam a expedição naquele dia.

Quando o grupo chegou às barracas na base do Pico dos Marins, percebeu que ela estava remexida e a mochila de Marco, aberta. Apesar disso, nenhum objeto havia desaparecido.

O grupo não comunicou de imediato à polícia e também não foi até a casa de seu Afonso para perguntar sobre o garoto. Juan descansou por volta de uma hora, e se levantou, sozinho, às 6h, em busca do escoteiro desaparecido. Osvaldo relembra quando questionou o chefe: “O senhor vai acionar a polícia, vai para Piquete? Ele falou: ‘Não, eu vou esperar’. Ele não quis chamar ninguém e ainda deu uns gritos comigo”.

A busca não teve sucesso e Juan regressou às 10 horas da manhã sem nenhum sinal do menino. Foi aí que a notícia mais aterrorizante que um pai poderia ouvir, chegou a Ivo: “Nós não vamos voltar hoje, porque o Marco Aurélio desapareceu ontem”.

Paralelamente ao que estava acontecendo no Pico dos Marins, Ivo e Neuma estavam com um pressentimento. Era feriado, e a família Simon tinha se reunido em um sítio. “No sábado, a Neuma disse: Ivo, eu quero ir embora. Tem alguma coisa que não está certa”, relembra o pai de Marco Aurélio.

Marco Antônio, que desde pequeno tinha uma ligação forte com o gêmeo, rememora: “Minha mãe começou a ligar para todo mundo para saber se tinha notícias do pessoal do escotismo, e eles falaram: Não, Neuma, fica tranquila. A volta deles é só no domingo”.

O domingo chegou, e nada do grupo retornar para casa ou fazer uma ligação. “Faltavam oito minutos para às 23h e toca o telefone”, anuncia Marco Antônio. Adriana Simon, irmã do escoteiro, na época com 17 anos, atende apressada: “Então, a notícia chegou para mim. Era o chefe Juan: Adriana, preciso falar com o seu pai”, expressa sobre as palavras que jamais esqueceu.

Marco Antônio lembra como se fosse hoje a reação do pai ao receber a notícia: “O papai ficou um pouco sem chão, ele falou para a gente: o Marco Aurélio desapareceu”.

Ao comunicar a família do que tinha acabado de escutar, Ivo percebeu a feição da esposa mudar completamente: “Neuma ficou desesperada”. A partir daí, o drama que envolve a família há anos e que move a existência de Ivo Simon, começou.

Nem nos piores pesadelos, Ivo poderia pensar que a ida ao Metrô Tatuapé representaria a despedida mais cruel que ele já teve que enfrentar:

“Foi lá que eu me despedi do Marco Aurélio. Eu dei um abraço nele. Aquele abraço. Não me passou pela cabeça que eu nunca mais iria vê-lo.”

Uma árdua caminhada começou, dolorida, amargurada, longa e cruel. “Eu aprendi uma coisa na vida em momentos de dificuldades, nos hospitais. O médico falou: quando o senhor estiver em um momento de dificuldade, conta de um até dez”.
A contagem iniciou: no um, as mãos começaram a tremer. No dois, o chão sumia aos poucos. No três, a visão ficou turva. No quatro, ele não conseguia mais fazer a barba sem se cortar. No cinco em diante, ele decidiu começar a busca da vida dele, a busca por seu filho.

Para comunicar o desaparecimento de alguém hoje em dia, não é mais necessário esperar 24 horas. Segundo a legislação, é possível procurar a delegacia mais próxima assim que a ausência da pessoa for notada. No caso de Marco Aurélio, a espera só foi cumprida porque a família do escoteiro foi comunicada do sumiço muito tempo depois do acontecimento.

Seu Ivo contou com uma imensa equipe à disposição nas buscas por Marco Aurélio, já que é jornalista e conhecia as pessoas certas que poderiam, de alguma maneira, acelerar o processo para que ele encontrasse o filho. Infelizmente, cerca de 300 pessoas andando mata adentro, cães farejadores, as Forças Armadas com 180 soldados, 18 homens do Centro de Operações Especiais (COE), seis alpinistas e helicópteros da base área, juntamente com um avião enviado pelo governador de São Paulo na época, não foram suficientes para que o escoteiro fosse encontrado.

As buscas desesperadas de junho de 1985 se tornaram um mês sem respostas, até serem cessadas. Se nada mais pôde ser feito pelos outros, seu Ivo, então, fez com a ajuda da família. Patrícia, a irmã de Marco Aurélio, conta que era responsável por dobrar os cartazes sobre o desaparecimento: "Virou uma coisa tão corrida para nós, que tinha o sentimento 'o que podemos fazer para ajudar naquilo tudo?'".

Com o avanço do tempo, as pistas poderiam ter se dissipado no mundo — como em muitas circunstâncias, aconteceu —, mas seu Ivo usou a tecnologia, os contatos e a fé a prol de ter Marco Aurélio de volta em casa. O poder da comunicação foi fundamental para manter o nome do garoto nas páginas de jornais, matérias de televisão, rádio e reportagens da internet até hoje.

Na montagem abaixo, é possível ver Marco Antônio (à esquerda) e duas simulações ao lado, de como estaria Marco Aurélio:

A paixão pelo escotismo não era inédita de Marco Aurélio. Toda a família Simon era fascinada pela prática. Foi Ivo quem inseriu os gêmeos dentro do movimento após terem contato com um grupo que pediu autorização para poder acampar no sítio da família, em Mairiporã, São Paulo.

A escolha do lugar foi do chefe Juan, era uma montanha bela e com uma grande altitude, as dificuldades para escalar o cume estavam à altura para a tropa dele. Seria uma atividade estimulante para os adolescentes. “O Juan era um chefe escoteiro diferente dos outros. Muito aventureiro, autoritário e as pessoas adoravam ele”, enfatiza Ivo.

Já o Pico, era um desafio à parte. O Marins é uma montanha com grandes paredes rochosas. O começo da trilha é definido por árvores que chegam a 30 metros de altura e uma vegetação úmida. Ao decorrer do trajeto, o número de árvores diminui, dando espaço para a paisagem rochosa com uma cobertura vegetal campestre.

Devido à quantidade de rochas, o lugar é perigoso durante temporais, já que a água escoa pelas pedras, aumentando a chance de alguém se perder e cair em uma fenda. Essas falhas são ocultas pela vegetação e podem não ser vistas pela trilha principal. Além dos riscos envolvendo a temperatura do local, que por ser um ambiente elevado, agrava a chance de hipotermia (quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35ºC).

Mesmo com as dificuldades, a trilha não assustava os escoteiros. Para Marco Antônio, o escotismo representou um lugar especial: “Se assemelha muito a um treinamento militar. Em um ambiente que se exige bastante a questão física, ao invés de eu ser colocado de lado, fui acolhido”, aponta.
Todos esses valores eram extremamente importantes para Ivo Simon. Ele e Neuma construíram uma família grande. Eram cinco filhos que compunham o lar: Adriana, Fábio, Marco Antônio, Marco Aurélio e a caçula, Patrícia.

Durante a investigação, diversas hipóteses foram levantadas sobre o que aconteceu com Marco Aurélio. Dizer que absolutamente todas foram levadas em consideração parece exagero, mas Ivo, como já dito, utilizou de todos os recursos que tinha à disposição.

Marco Aurélio caiu em uma fenda? Possivelmente, mas tudo foi checado e nada foi encontrado. O escoteiro levava consigo um apito, o único som ouvido e confirmado pelos outros escoteiros, mas que não durou mais do que alguns segundos na noite do desaparecimento. Seria Marco Aurélio, clamando por ajuda, com a única ferramenta que tinha disponível? Nada se concluiu.

Ele teria sido atacado por algum animal? Talvez, mas então, onde estariam as roupas e outros vestígios dele? Não se sabe. Marco Aurélio teria sido sequestrado por grupos que foram vistos rondando a região? Ninguém conseguiu afirmar, com a mais absoluta certeza, se essas pessoas realmente existiram nesse espaço e tempo.

Se o adolescente sumiu no exato ponto em que parou de marcar a trilha com o giz, algo aconteceu naquele local. Por que aquele local não foi investigado com mais cuidado? O garoto, então, foi abduzido? O debate já foi feito com ufólogos e especialistas no assunto. Nunca, nada foi encontrado ou concluído. Será que o menino teria se acidentado, batido a cabeça e saído por aí, sem rumo e sem memória? Se sim, como ninguém o encontrou? Nada se sabe.

Marco Aurélio teria, então, conseguido descer, chegar à casa de seu Afonso e lá teria sido atacado? É mais uma hipótese. Essa, inclusive, foi a ponte para outra história, que diz que o adolescente poderia ter sido assassinado por João Carlos Xavier, de 38 anos, filho de seu Afonso.

João tinha transtornos mentais e não tinha muito contato com os escoteiros que frequentavam a casa. Ao se deparar com Marco Aurélio desesperado, teria se assustado e atirado no menino. Mas, então, onde estaria o corpo do jovem? Essa é só mais uma das muitas possibilidades, que torna tudo mais intrigante, com outro fato ocorrido quatro anos depois do desaparecimento de Marco Aurélio.

Em 1989, João Carlos também desapareceu. Até hoje, Marco Aurélio Simon e João Carlos Xavier são as únicas pessoas sumidas — e jamais encontradas — no Pico dos Marins. Se por um acaso, João tivesse alguma culpa no sumiço de Marco e o pai dele soubesse disso, por qual razão seu Afonso levaria esse segredo para o túmulo e não revelaria a Ivo o que aconteceu com o filho? “As buscas não foram concentradas no terreno do Afonso porque a notícia era de que o Marco Aurélio teria descido do ponto do acidente para buscar socorro na base”, compartilha o coronel Ayrton Ribeiro da Costa, que participou da procura à época.

Falando em Pico dos Marins, a montanha já pegou fogo em 2016 e 2021. Segundo relatos, à época do sumiço do menino, um incêndio também teria atingido a vegetação do local. Depois que o fogo foi contido, nenhuma investigação mais aprofundada foi feita por lá para checar o motivo, ou seja, mais uma pista que se dissipa por aí.

O grupo saberia o que aconteceu com Marco Aurélio e decidiu, em conjunto, guardar esse segredo? O fato de Juan e os adolescentes terem dito que enfrentaram uma sessão de torturas na delegacia para que “confessassem” algo sobre o caso aponta que não. O que, à época, eles não poderiam dizer, que agora, sem sofrer nenhum tipo de represália, poderiam? Osvaldo relembra: "Colocaram um saco na minha cabeça, me jogaram dentro da viatura e eu fui de São Paulo para Piquete apanhando".

Em 2023, novas escavações feitas no local onde ficava a base dos Marins trouxeram o caso à tona novamente. Não diria que isso “reacendeu” a esperança em seu Ivo, pois ele nunca a perdeu.

Com o uso da tecnologia, mais tentativas de descobrir o que aconteceu com Marco Aurélio surgiram. Drones com capacidade para detectar ossos enterrados foram usados na região, bem como a perícia, que também fez um trabalho detalhado ao peneirar a terra do local.

O caso já estava desarquivado desde 2021, quando um áudio foi espalhado com a informação de que, antes de morrer, Marlene, a filha de seu Afonso, teria confirmado a teoria de que João teria matado Marco Aurélio por engano. Nada foi encontrado, tanto em 2021, quanto em 2023.

Quando Marco Aurélio desapareceu, ele deixou muitas mentes intrigadas sobre o que teria acontecido, mas, mais do que isso, deixou um vazio no coração de cada familiar dele: "Meu pai não descansa, e ele precisa de uma resposta. Nós precisamos. Mas ele mais do que todo mundo”, diz Patrícia, a irmã.

Os irmãos eram unidos, mas a relação de Marco Antônio e Marco Aurélio era especial. A família só descobriu que eram gêmeos no dia do nascimento, e essa característica moldou os dois para sempre.

O desaparecimento do irmão ronda para sempre a vida de Marco Antônio, ele perdeu uma parte importante de si. “Justo na idade que o Marco Aurélio se perdeu, foi a primeira vez que eles estavam separados. Eles iam estudar em escolas diferentes, fizeram o primeiro passeio separados…”, recorda Adriana.

Patrícia retrata como foi a perda do irmão: “Eu estava com 10 anos e, de repente, a gente se viu nesse problema, amadurecemos, não teve mais fase de criança”, lamenta.

Dona Neuma faleceu em 27 de dezembro de 2015. Foram 51 anos de companheirismo com Ivo e três décadas procurando o jovem escoteiro. Uma mãe que levou consigo a saudade de rever o filho amado algum dia. Para Ivo, a falta aumenta, e o desejo de encontrar uma resposta também. Por ele, e pela esposa.

Em uma análise mais minuciosa, é intrigante pensar que qualquer detalhe, mínimo que fosse, poderia desencadear todas as respostas do caso para descobrir o que aconteceu com Marco Aurélio, mas, por algum motivo, esse pequeno detalhe, a chave de tudo, não é percebido por absolutamente ninguém.

Sempre surge mais uma pergunta para cada resposta dada. Ainda assim, a família de Marco Aurélio nunca deixou de procurá-lo, e também nunca deixou que o caso fosse esquecido no tempo. Ivo comenta que uma das maiores relíquias que tem na vida, é um quadro que ganhou de presente do Marco Antônio. Nele, a frase: “Quando o barco da vida virar, lembre-se de nós”, revela o vínculo familiar que serve de base para que o grupo nunca tenha desistido de encontrar a resposta. "Eu moro na mesma casa há 55 anos e continuo aqui. Quem sabe um dia a campainha toque, e quando eu atender, é o Marco Aurélio dizendo: ‘cheguei, pai’”, encerra seu Ivo.

Assista à matéria que foi ao ar no Domingo Espetacular:

Confira o teaser do documentário que está disponível no PlayPlus: