Ver o conteúdo do artigo
Por Marcelo Magalhães

Nunca vou me esquecer que o relógio marcava 6h53 da manhã.

Depois de horas de um sobe e desce que parecia interminável no mar, veio uma calmaria cheia de significado. A cabine, fechada por dois blackouts, era tomada por uma escuridão artificial, já que as noites são totalmente claras no extremo sul do planeta nesta época do ano. Certo do que encontraria do lado de fora, pulei da cama e corri pra sacada do navio.

O que vi ao abrir as cortinas me fez gelar a espinha: chegamos à Antártida.

Enormes montanhas de gelo, sempre tão distantes na nossa imaginação, estavam ali, a metros de distância. A cor branca, intensa, só dividia a vista com duas tonalidades de azul: o claro do céu e o escuro do mar.

Essa sensação é apenas um símbolo do que a viagem ao Continente Gelado representou para mim e para a nossa equipe: o repórter Marcus Reis, o diretor de externa Gilson Fredy e o repórter cinematográfico Leonardo Medeiros. Nesta reportagem, em formato de diário de bordo, dividimos com você como foi cada dia nessa região inesquecível do mundo.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-20012023125932155

Divulgação
https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023162728084

Arte R7

Nossa jornada começa pelo fim. No caso, o chamado "Fim do Mundo": Ushuaia, cidade mais ao sul da Argentina e ponto de partida para os navios em direção à Antártida.

É no porto da cidade que embarcamos na nossa “casa” pelos dias seguintes: o SH Vega, um navio de cruzeiro inaugurado há menos de um ano e construído especialmente para enfrentar, com segurança, as condições mais adversas do oceano.

Características do SH Vega (Arte R7)

Características do SH Vega

Arte R7

A gente até imaginava, mas, naquele momento, ainda não sabíamos que o nosso conceito de “condição adversa” ganharia uma nova definição – bem mais intensa – nas horas seguintes.

Exatamente às 21h, deixamos a Argentina rumo à Antártida. E, no meio do caminho, havia o Drake. 

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023163250596

Arte R7

Quando eu acordei, já tava com o navio oscilando muito. Eu olhava pela janela, via uma onda imensa e o navio balançava muito. Aí, eu fiquei mal e vomitei. Depois, vomitei de novo. E vomitei de novo

Gabriel Rocha Chaves, estudante

As palavras sofridas – e detalhadas – do estudante cearense Gabriel Rocha Chaves resumem o desafio de navegar por dois dias inteiros pela chamada Passagem de Drake.

O nome é uma homenagem ao explorador britânico sir Francis Drake, segundo homem a dar a volta completa no planeta. (Ironicamente, passando pelo Estreito de Magalhães – o meu sobrenome – e não pelos mares que receberam o sobrenome dele)

São 800 quilômetros que separam a América do Sul da Antártida e onde se juntam os Oceanos Pacífico e Atlântico. É justamente esse encontro que faz do Drake um dos roteiros marítimos mais perigosos do mundo.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023114125293

Renato Granieri

Tempestades que surgem de uma hora para outra, ventos fortíssimos e ondas que podem passar dos 10 metros – chegando a 20 metros, se você não tiver sorte – transformam esse pedaço do planeta em um pesadelo para as embarcações.

“O primeiro ponto sobre o Drake é nunca subestimá-lo.”

Tim Cashman, capitão do SH Vega.

É assim que o capitão do SH Vega, o holandês Tim Cashman, descreve o trecho ao cruzá-lo pelo nono ano consecutivo.

“As condições do tempo mudam muito rapidamente. Nós monitoramos 24 horas por dia e, mesmo assim, muitas vezes há pouca visibilidade e mais dificuldades causadas pelo gelo. Por isso, o nosso itinerário planejado muda, em média, cinco vezes durante uma viagem como essa,” explica.

Para dar ainda mais tensão à viagem, recebemos no meio do caminho uma notícia perturbadora: uma turista americana de 62 anos morreu em outro navio que cruzava justamente a passagem de Drake.

Durante a noite, o navio Viking Polaris foi atingido por uma onda gigante que destruiu várias janelas e feriu outros quatro passageiros. As informações foram dadas pela própria empresa que organizava o cruzeiro.

Apesar de todo o medo, pessoalmente, resolvi a passagem pelo Drake com três itens fundamentais: 1) um remédio contra enjoo a cada oito horas. 2) uma pulseira que, dizem, pressiona um tal ponto Nei-Kuan que, de acordo com a medicina chinesa, é o responsável pelas náuseas. Não sei dizer se realmente acreditei nisso, mas, na hora do desespero, vale tudo! E 3) paciência. Muita paciência.

O estudante Gabriel foi mais ou menos pelo mesmo caminho.

“Eu falei assim: ‘não vou ficar a viagem toda aqui. Eu vou pular da cama, levantar e ver o que tem no navio.’ Quando comecei a andar pelo navio, acho que já me aclimatizei,” disse, aliviado.

A passagem de Drake é, sim, incômoda e, por vezes, assustadora de verdade. Mas, pelo que vivi a bordo, digo que é plenamente possível. E os fortes que conseguem superá-la ganham, como prêmio, uma experiência única e impressionante. 

“Na Antártida, a atmosfera é muito limpa, você sente pureza ao respirar. Sente que o ar era assim antes de surgir a poluição. Você se depara com baleias, golfinhos, focas, orcas. A beleza do gelo é quase uma obra de arte. Muda de cor, vai do branco para o azul, às vezes um pouco preto dependendo do que passa ali,” descreve o capitão do navio.

Sempre é especial. Se você faz essa viagem, jamais esquece

Tim Cashman, capitão do SH Vega

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-21012023114549407

Arte R7

É no quarto dia a bordo do SH Vega que, finalmente, alcançamos a Antártida. Na hora em que abrimos aquela cortina da cabine e nos deparamos com os paredões de gelo, a primeira impressão é de que, se a gente pulasse do navio, daria pra chegar lá a nado e com poucas braçadas. Vem aquela mistura de emoção pela proximidade, admiração pela vista deslumbrante e, claro, ansiedade para pisar logo no Continente Gelado.

Isso acontece poucas horas depois, mas com um preparo feito com antecedência e bastante rigor. Toda a roupa que usamos na Antártida era fornecida pelo navio ou passava por uma minuciosa limpeza. Os bolsos das calças eram esvaziados, botas foram desinfetadas e até os equipamentos de gravação tinham que ser higienizados. Tudo para evitar a contaminação de um dos últimos lugares intocados do planeta.

O transporte do navio para a costa é feito pelos zodiacs – botes super resistentes e preparados especificamente para navegar pelas águas da região. Afinal, os obstáculos do caminho vão desde o vento cortante, passando por tempestades de neve e ondas imprevisíveis, até chegar aos famosos icebergs de todos os formatos, tamanhos e tonalidades de branco e azul que você possa imaginar.

Foram 15 minutos de bote até que nossos pés finalmente tocassem o solo antártico numa subida curta e íngreme de pedra na Ilha de D'Hainaut, em Mikkelsen Harbour.

Logo de cara, em meio à imensidão de gelo, uma imensa foca-de-weddell dava as boas-vindas. O tamanho até assustava. O animal cinza, de manchas claras, pode chegar a três metros de comprimento e pesar 600 quilos. Mas o comportamento era de um dono de casa bonachão, quase preguiçoso, que parecia não dar muita bola se alguém entrasse no seu território.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023114240885

Renato Granieri

E o lar da foca-de-weddell, no fim das contas, não era exatamente uma mansão: olhando de um lado para o outro, víamos toda a extensão da pequena ilha. Mas tamanho, na Antártida, definitivamente não é documento.

Na ilhota, também vive uma enorme colônia de pinguins da espécie gentoo. Eles andavam por todos os lados, daquele jeitinho que a gente vê nos filmes e desenhos animados. Nunca imaginei que tanta vida coubesse em menos de um quilômetro quadrado.

Saindo da ilha de D'Hainaut, o bote nos deu o primeiro gostinho da Península Antártica: exploramos Curtiss Bay, logo em frente a Mikkelsen Harbour. Lá, sentimos como o clima muda rapidamente.

O cenário, que era de tempo aberto e mar limpo, se transformou em questão de minutos. O céu ficou tão branco que quase se confundia com as montanhas nevadas. No mar, pedras de gelo cada vez maiores dificultavam o trajeto do barco. A neve passou a cair, tímida no começo, forte no fim. E a temperatura despencou para zero grau, com sensação térmica ainda mais baixa.

O que um ser humano comum faria nessa hora? Voltaria para o navio, tomaria um belo chocolate quente – duplo, se possível – e se enrolaria nas cobertas para observar a paisagem só pela janela.

Mas, pra valer uma reportagem, nós não fazemos as mesmas coisas que seres humanos comuns.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023144520688

Leonardo Medeiros

Dizem pelos lados da Antártida que há uma tradição, criada há muito tempo por viajantes, chamada de Polar Plunge. No bom português: um mergulho polar. Olha, não tem muito o que explicar… Basicamente, visitantes com roupas de banho (e alguns até com menos que isso, se é que você me entende) pulam do navio direto no mar congelante da Antártida.

Só que no SH Vega isso é feito com muito cuidado. Um bote fica preparado em frente à saída do navio, médicos se colocam a postos para qualquer emergência e uma corda é amarrada na cintura do corajoso caso ele não seja exatamente um exímio nadador ou se esqueça dos movimentos básicos da natação ao dar de cara com a temperatura de um grau da água.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023114455975

Renato Granieri

Na prática, é tudo muito rápido. Mas dura uma eternidade. Como eu posso explicar? É tão frio, mas tão frio, que parece que unhas afiadas rasgam o seu corpo de cima a baixo. Sem exagero. E a corda tem mesmo uma função: bastam alguns segundos na água pra você perder totalmente a noção de quem é, onde está e pra onde deve ir. É prudente ser laçado pra fora.

A parte boa é que, na volta, somos recebidos com calorosas palmas, toalhas quentinhas e uma bebida que aumenta a temperatura corporal em coisa de um milissegundo. E, claro, bate aquele orgulho de ter enfrentado de peito aberto uma prova de fogo – ou de gelo, no caso – logo no primeiro dia na Antártida.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-21012023114645788

Arte R7

Desde as primeiras horas de viagem, a pronúncia de uma palavra mudava totalmente o comportamento das pessoas no navio: baleias. Bastava uma menção ao maior dos animais marinhos para que todos corressem para as janelas ou para o deque com binóculos, câmeras e celulares, ávidos pela imagem tão rara.

Pois foi em busca dessa imagem que embarcamos no zodiac mais uma vez no quinto dia. Nevava feito nesses globos de vidro com decoração de Natal, sabe? O vento e o frio eram um convite a ficar a bordo em vez de sair explorando o mais gelado dos continentes. Mas, de novo, veio a palavra mágica que aquecia os corações dos viajantes. Pelo rádio, chegou o alerta: três baleias-jubarte foram vistas perto do navio, em Neko Harbour.

Saímos em disparada, ansiosos. Mas, ao chegar mais perto, o comportamento teve que ser o extremo oposto. Motores desligados, todos sentados e falando baixo. Por um motivo: duas baleias estavam bem na nossa frente… dormindo!

“Vimos duas jubartes flutuando. Flutuar é essencialmente dormir. As jubartes, diferentemente dos humanos, respiram conscientemente. O que significa que elas precisam pensar toda vez que inspiram, elas nunca estão em sono profundo. Elas não desligam o cérebro totalmente porque despertam para respirar,” explica a bióloga britânica Eva Prendergast.

A cena, tão rara, fez a minha respiração quase parar. Por quase uma hora, ficamos ali, parados, hipnotizados pelos 16 metros e 40 toneladas daqueles animais. O silêncio da Antártida (por si só impressionante) só era quebrado pelo som vibrante da respiração das baleias.

Observar as baleias, pelo tempo que nós vimos, é algo muito especial. Quando percebem alguma movimentação, elas acordam e vão dormir em outro lugar. Foi mesmo uma experiência única

Eva Prendergast, bióloga

Ainda impactados pelo encontro com as baleias, rumamos com o bote em direção à Estação Almirante Brown, uma base argentina na Antártida. O abrigo, usado como proteção ao frio para pesquisadores, ainda está lá, intacto. Assim como mais uma colônia dos simpáticos pinguins gentoo, que se acumulam na praia de pedra em frente a uma montanha coberta de neve.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023114557375

Renato Granieri
https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-21012023114733942

Arte R7

Os pinguins, aliás, foram os protagonistas do nosso sexto dia.

A manhã já começou diferente. Em vez da tradicional roupa de neve, vestimos um traje especial, impermeável. No lugar do zodiac, um meio de transporte bem mais lento, mas extremamente divertido: o caiaque.

Divididos em duplas, botamos nosso preparo físico à prova e remamos sem descanso até a primeira parada: Damoy Point. Você acreditaria se eu dissesse que deu pra sentir calor na Antártida? Pois deu.

“Para instrutores de caiaque, é como um sonho remar na Antártida. Pode ser muito difícil, porque as condições mudam muito rapidamente. O vento, as ondas, nunca se sabe como estará a água. Mas também tem pinguins nadando muito perto dos caiaques, é o máximo,” conta a nossa guia, a americana Ilene Price.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023114717576

Leonardo Medeiros

 Foi exatamente o que vimos. Mesmo diante daquela paisagem toda, os pinguins roubavam a cena. Eles desciam das pedras, pulavam na água, subiam em icebergs e mergulhavam de novo. Apostavam corrida com o caiaque (e ganhavam com facilidade, já que a espécie de pinguim que encontramos é a mais rápida embaixo d’água). Pareciam, de verdade, estar se divertindo com a nossa presença.

Mais uma vez, nossos companheiros de viagem eram pinguins gentoo. Mas outra espécie, muito comum na Antártida, também nos deu o ar da graça: os pinguins de Adélie apareceram em Jougla Point, a segunda parada do dia. São bem diferentes dos gentoos, mas tão carismáticos quanto.  

Confira características das espécies da Antártida  (Arte R7)

Confira características das espécies da Antártida

Arte R7

E se até então a gente achava que tinha visto muitos pinguins, mudamos de ideia ao desembarcar pela terceira vez naquele dia.

Em Port Lockroy, fica uma estação postal do Reino Unido. A casinha vermelha também funciona como museu e tem até uma pequena loja. As quatro funcionárias de lá, todas britânicas, foram recrutadas para trabalhar entre novembro e março, a temporada mais “quente” da Antártida.

Obviamente, aproveitamos para comprar lembranças (minha filha vai poder contar pros amigos que tem um pinguim de pelúcia vindo diretamente da Antártida!) e mandar cartões postais para nossas famílias (que, aliás, não chegaram até hoje).

Mas o que realmente chamou atenção foi a quantidade de pinguins naquele pedaço da Antártida. Eram tantos, mas tantos, que se fosse qualquer outro animal a gente se sentiria intimidado. Mas eram os pinguins, os habitantes mais amistosos do continente gelado.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023115114366

Renato Granieri
https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-21012023114927161

Arte R7

O sétimo dia talvez tenha sido o mais surpreendente de toda a viagem. No bom e no mau sentido.

Começamos a manhã massacrados pelo vento e pela neve. Mais uma vez, a Antártida não parecia disposta a nos deixar conhecê-la. Mesmo assim, embarcamos no bote e desbravamos a região de Foyn Harbour.

O plano inicial era relativamente simples: visitar o navio norueguês Governoren, que naufragou em 1915 depois de um incêndio. A imagem, por si só, é impressionante: um gigante enferrujado repousa nas águas congeladas, derrotado pelas chamas há mais de 100 anos.

Enquanto fazíamos as imagens do Governoren, um elemento estranho nos incomodava. Um pequeno veleiro colorido, chamado Icebird, estava encostado ao casco naufragado, estragando a nossa gravação. Afinal, por que um barquinho tão novo estacionou ao lado do que sobrou de outra embarcação?

Chegamos mais perto e encontramos um homem no deque do veleiro. Era um americano, que navegava pela Antártida com três amigos recém-conhecidos. Perguntamos de onde eram os amigos. E ele respondeu: “Reino Unido, Polônia e Brasil”.

Pensa comigo: qual é a probabilidade de encontrar um veleiro encostado em um navio naufragado e, dentro dele, achar uma pessoa do Brasil? Se a gente planejasse, não daria tão certo.

Quando surge a tal pessoa do Brasil, escondida atrás de várias camadas de roupas de frio, gritei do bote: “Brasileiro?”

E ouvi a resposta cheia de orgulho: “Brasileira!”

Nadia Megonn é de Ilhabela, em São Paulo, e mora em Paraty, no Rio de Janeiro. Ela conheceu os companheiros de viagem em Ushuaia e, quatro dias antes do nosso encontro, passou a velejar com eles até chegar ao Continente Gelado. Não sem antes cruzar a temida Passagem de Drake.

“Minha profissão é velejar, eu vim aqui para velejar. Mas, olha… foi duro, viu?”, contou, aos risos.

Bastou deixar o Drake pra trás para ela se deparar com uma das experiências mais inesquecíveis da vida dela.

Esse azul, as baleias, quando tem baleias. Eles agora vão esquiar, descer por uma caverna com tudo azul em volta. Ontem, o pessoal andou de caiaque. É outro mundo, né?

Nadia Megonn, velejadora brasileira

No meio da conversa, o tempo voltou a piorar e o mar já dava sinais de que era hora de nosso bote voltar ao navio. Nos despedimos de Nadia desejando boa sorte na viagem.

Mal sabíamos que, naquele momento, também nos despediríamos da Antártida.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-21012023115027075

Arte R7

A ida de bote até Foyn Harbour foi a nossa última descida do SH Vega. Os dois dias seguintes foram da criação de expectativas à frustração pelas respostas negativas. O vilão: o clima imprevisível da Antártida.

Os ventos estavam fortes demais para os zodiacs. Os tripulantes planejaram, desceram várias vezes, fizeram testes e mais testes. Mas não encontraram oportunidades para que pessoas inexperientes como nós desembarcassem com segurança.

O jeito foi observar, de longe, as últimas imagens do Continente Gelado.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023113937292

Renato Granieri
https://img.r7.com/images/r7-estudio-21012023115113542

Arte R7

Mas você acha que, depois de tantas experiências como as que tivemos na Antártida, voltaríamos pra casa chateados? De jeito nenhum! Eram tantas lembranças marcantes que até a difícil Passagem de Drake nem incomodou tanto.

Quando avistamos o Cabo Horn, primeira porção de terra da América do Sul, bateu aquela satisfação por termos completado nossa missão com sucesso. Todo o material captado ao longo dos onze dias será exibido em uma série no Fala Brasil e também em materiais extras para as redes sociais da Record TV e no portal R7.com. Esperamos que, assim como em nós, a Viagem ao Continente Gelado ocupe sempre um lugar de carinho na sua memória.

https://img.r7.com/images/r7-estudio-antartida-20012023164956792

Leonardo Medeiros

Diretora de Conteúdo Digital e Transmídia: Bia Cioffi
Chefe de Redação: Pablo Toledo
Editor Executivo: Marcelo Magalhães
Repórter: Marcus Reis
Repórter Cinematográfico: Leonardo Medeiros
Diretor de Externa: Gilson Fredy
Editor de pós-produção: Rodrigo Alves
Sonoplasta: Guilherme Caetano
Coordenador de Operações: Rafael Ramos
Chefes de Reportagem: Mateus Munin e Priscilla Grans
Editores-chefes: Gustavo Costa e Cristiane Massuyama 
Fotos: Renato Granieri e Leonardo Medeiros 
Coordenadora de Produtos Digitais: Renata Garofano
Coordenadores Transmídia: Bruno Oliveira e Juliana Lambert
Analista de redes: Lygia Kato
Redator (vídeos): Arnaldo Pagano
Coordenador de Criação e Arte: Matheus Vigliar
Produção audiovisual: Tatiana Foster